quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

PARQUE TAYRONA, BELEZA NATURAL

Depois de correr bastante na quinta-feira atrás do transporte para chegarmos até Santa Marta, na sexta-feira iniciamos os preparativos para a viagem. Reservamos as passagens em uma empresa que fica em um bairro próximo daqui e fizemos os sanduíches para levarmos, para não gastar muito dentro do parque. Saímos de Cartagena no sábado as 6h20min, em uma van bastante confortável para uma viagem de nem quatro horas. O trajeto da van é de Cartagena para Barranquilla e de lá para Santa Marta. Chegamos em Santa Marta por volta das 10 da manhã. Na van, conhecemos o Felix, um colombiano que também estava indo ao parque e nos ajudou muito. Depois de descer da van, tivemos que caminhar umas cinco quadras até chegarmos na Olímpica (um supermercado daqui), onde encontraríamos o Ricardo, um trainee de Belo Horizonte que nos emprestou duas barracas para podermos dormir em Tayrona.

Pegamos as barracas e quem não tinha levado comida entrou no mercado para comprar algumas coisas. Enquanto esperávamos, experimentamos o salpicón, um tipo de salada de frutas com “creme” de morango, muito gostoso, bem famoso por aqui. Depois disso, tomamos uma buseta, os ônibus daqui, que na verdade são ainda menores que os micro-ônibus do Brasil. Era horrível, o ônibus já devia ter parado de rodar há uns 20 anos, sem contar que não tinha espaço pra perna e parecia ser bem perigoso, pelos tipos que andavam lá dentro. Depois de uma hora de tortura, sentado de lado no banco e passando um calor infernal, chegamos à entrada do Parque Natural Tayrona e fomos comprar as entradas. Algumas pessoas do grupo, como eu, tiveram sorte, pois estávamos preparados para pagar cerca de 35 reais pra entrar, que foi o preço que nos passaram que custaria a entrada para estrangeiros. Porém, como somos estudantes e estávamos com a carteirinha, pagamos somente o equivalente a 7 reais. Com as entradas na mão, trocamos de roupa, nos preparamos para iniciar a jornada parque adentro e pegamos a van até o início da trilha.

Chegando em Santa Marta

Salpicón

Eu e Afonso - entrada do Parque Natural Tayrona

Parque Natural Tayrona


Nessa hora já não estávamos mais com o Felix, então entramos na trilha por nossa própria conta. É possível fazer o caminho a pé, a cavalo ou ainda pagar para um burrinho carregar suas coisas. Decidimos ir a pé e carregar nossas próprias coisas, mas acabamos pegando a trilha errada (descobrimos isso só em Cartagena, portanto fomos e voltamos pelo mesmo lugar), por falta de sinalização caminhamos por quase uma hora e meia pela trilha dos cavalos, muito cansativo, cheio de subidas e descidas, carregando mochilas bastante pesadas, até chegar à praia de Arrecifes. Quando chegamos, a sensação de que valeu a pena aflorou, ao ver aquela praia linda na nossa frente. É tudo muito lindo, aquela natureza totalmente conservada, as praias com muitas pedras e muitas árvores. Deixamos uma praia pra trás e alguns outros pontos legais por termos errado a trilha, além de ter que caminhar com o cheiro dos excrementos dos cavalos, mas mesmo assim a trilha foi bem interessante, vimos alguns animais difíceis de ver em qualquer outro lugar. Depois de Arrecifes, começaram as praias, seguimos pela areia e, de uma praia a outra, passávamos por pequenas trilhas. Dali, caminhamos por mais de uma hora até chegarmos ao nosso destino final, a praia de Cabo San Juan, ou El Cabo, passando por outras duas praias. Apesar de estarmos cansados, a segunda parte da caminhada foi mais tranquila, pois podíamos caminhar enquanto olhávamos pras lindas praias em que estávamos passando.

Chegando em El Cabo, fizemos nosso “check-in” no acampamento e armamos nossas barracas, o que foi uma tarefa um pouco difícil, porque uma das barracas era um pouco estranha e ninguém tinha muita experiência nisso. Já era fim de tarde quando terminamos, por volta das cinco horas, e saímos para tomar um banho no mar. Quando colocamos os pés na água, uma grande decepção: era muito gelada, acredito que seja devido ao fato de o parque ser rodeado de montanhas e muitos rios desembocarem naquela região. Então fomo dar uma voltinha até a próxima praia pra conhecer, e em pouco tempo já começou a escurecer. Voltamos, comemos os nossos sanduíches e fomos tomar banho... uma aventura! Os chuveiros eram somente uns canos, o lugar onde se tomava banho era totalmente aberto, sem nenhuma divisão entre homem e mulher. Qualquer um via você tomando banho. Portanto, tivemos que nos banhar de roupa, claro. Sem contar que foi o banho mais gelado que eu já tomei! De noite é bem fresquinho por lá, afinal estávamos no meio do mato e soprava uma brisa não muito leve. Parecia que a água vinha diretamente da Sierra Nevada, que fica ali perto. Depois do banho fomos para o restaurante do camping, sentamos por lá e ficamos conversando. Não tem muito o que se fazer de noite lá, muita gente leva baralho e fica jogando, mas também é muito legal ficar olhando as estrelas. Parece que o céu é muito mais estrelado lá, se pode ver muito mais estrelas do que em outros lugares. Geralmente a poluição das cidades esconde muito o brilho das estrelas, mas lá não existe isso, é realmente muito bonito. Enfim, depois disso, fomos dormir, outra missão difícil, pois o Ricardo nos emprestou apenas as barracas, sem colchonetes, então dormimos praticamente direto na grama. Não foi tão desconfortável quanto eu achei que ia ser, acho que também pelo cansaço que estávamos, ter acordado de madrugada e andado tanto, é bem cansativo.

Trilha - Parque Natural Tayrona

Trilha - Parque Natural Tayrona

Trilha - Parque Natural Tayrona

Redes para dormir em Arrecifes - Parque Natural Tayrona

Chegada em Arrecifes - Parque Natural Tayrona

Panorâmica - praia de Arrecifes

Praia entre Arrecifes e La Piscina

Praia entre Arrecifes e La Piscina

Praia entre Arrecifes e La Piscina

Praia entre Arrecifes e La Piscina

Praia entre Arrecifes e La Piscina

Caminho até Cabo San Juan

Acampamento em Cabo San Juan

Acordamos no domingo e o tempo estava bem feio, totalmente nublado. Lembrei que, assim como Joinville, Santa Marta é toda cercada de montanhas, então é bastante nublado. Levantamos, arrumamos nossas coisas e fomos passear pelas praias que ainda não tínhamos conhecido, fomos e voltamos em uma hora. Por volta das 10 da manhã, com as barracas desmontadas, pegamos tudo e começamos a peregrinação de volta. Antes de sair, ainda caíram alguns pingos de chuva. Mesmo assim, dessa vez fomos com mais calma, parando nas praias que haviam no caminho, prestando mais atenção nas belezas do parque. Almoçamos num camping de Arrecifes, onde comemos a famosa mojara, um peixe da região, acompanhado de arroz de coco, patacones e salada. Um prato nem um pouco convidativo, pois esse peixe é bastante feio, com dentes que parecem de um humano, umas nadadeiras bem estranhas e um pouco gorduroso. Apesar disso, a carne dele é bem gostosa.

El Cabo


El Cabo

El Cabo

El Cabo

El Cabo

El Cabo

Cardume de peixes - El Cabo

El Cabo

El Cabo

El Cabo

El Cabo

El Cabo

El Cabo

El Cabo

El Cabo

El Cabo

El Cabo

El Cabo

El Cabo
A areia grossa e, ao mesmo tempo, fofa

La Piscina

La Piscina

La Piscina

A conscientização ambiental está sempre presente no Tayrona


Praia entre La Piscina e Arrecifes

Sorriso da Mojara

Mojara com os acompanhamentos típicos

Praia de Arrecifes


Depois do almoço, calçamos nossos tênis para iniciar a trilha por dentro do mato até a saída do parque. Mais uma hora e meia de caminhada e chegamos no lugar onde pegamos a van para sair do parque. Estávamos muito preocupados pois não sabíamos se íamos conseguir pegar fácil o ônibus de volta pra Cartagena. Saindo do parque, todos nós fomos para a beira da estrada que passa em frente ao parque para pegar um ônibus até o centro de Santa Marta. Na verdade, todos nós menos a Laura, uma das meninas que foi com a gente. Entramos no ônibus e, quando já estávamos sentando, o ônibus já andando, percebemos a falta dela. Tivemos que pedir para o motorista parar e ir chamar ela, por pouco não a deixamos por lá. Dessa vez pegamos um ônibus grande, mas não mais novo ou mais conservado. De novo, parecia que o ônibus já deveria ter parado de andar a muito tempo. Dá um pouco de medo entrar em um ônibus que mais da metade dos bancos estão estragados, todo caindo aos pedaços. Se nem o sistema de reclinação dos  bancos do ônibus funcionam, que é um sistema simples, quem garante que os freios funcionariam?

Descemos em um lugar que não fazíamos nem ideia de onde estávamos, a sorte foi que tinham vários taxis por ali. Nos dividimos, uma parte do pessoal foi direto para a rodoviária e eu, a Ivana e o Afonso fomos tentar devolver as barracas. Logo que saímos dali, o pessoal que tinha ido pra rodoviária avisou que o último ônibus pra Cartagena saía dali 20 minutos. Perguntamos ao taxista quanto tempo levava dali até o mercado onde iríamos entregar as barracas e ele nos informou que chegaríamos lá em 10 minutos, e que depois até a rodoviária levaria mais uns 8 minutos. Resolvemos tentar, afinal tínhamos que devolver as barracas. Quando chegamos no mercado, ligamos para o Ricardo, e ele avisou que iria demorar mais uns 10 minutos pra chegar ainda. Não podíamos esperar, então ficamos com as barracas e fomos para a rodoviária. A maior sorte foi que uma menina, amiga da Ivana, que está fazendo seu intercâmbio em Santa Marta, estava passando esse fim de semana em Cartagena e poderia levar as barracas de volta com ela. Chegamos na rodoviária em cima do laço, só chegamos e entramos no ônibus. A volta foi muito cansativa, além de todo o cansaço do dia, voltamos por outra estrada, diferente da que usamos pra ir, e levamos cerca de 5 horas. Pelo menos o ônibus que voltamos, na verdade um micro, era muito bom. Percebi o porquê quando fui ao banheiro: ele era fabricado no Brasil. Descemos no terminal, que é muito longe da nossa casa, e ainda tivemos que passar no centro para devolver as barracas. Chegamos em casa já eram mais de 10 da noite, morrendo de cansados. Aí, foi só tomar um banho e cair na cama!

Enfim, esse fim de semana foi extremamente cansativo, mas muito interessante. Valeu a pena andar tanto e passar os sufocos que passamos, o parque Tayrona é lindo. É muito interessante saber que aquilo tudo existe do jeito que Deus criou, totalmente natural, não tem praticamente nenhuma intervenção do homem. É um lugar que dá muita paz, onde o melhor que se faz é sentar e ficar admirando as coisas bonitas da vida. Sem dúvidas eu recomendo e voltaria lá! Mas já aviso, tem que ter bastante disposição.

Depois desse que acredito que tenha sido o maior post do blog até agora, eu me despeço. Hoje começa minha última semana na Colômbia, na próxima quarta feira estarei embarcando de volta pro Brasil e daqui oito dias estarei em casa pra matar essas saudades de todo mundo!

Beijos e abraços, até mais!

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

IMPREVISTOS ACONTECEM


Depois de um tempo sem atualizar o blog, principalmente por falta de tempo, hoje volto a postar, voltando aos posts com muito texto e sem imagens, mas já inicio dizendo que os posts daqui pra frente dificilmente serão muito frequentes. Vou explicar: quando eu entrei na Colômbia, no controle imigratório, claro, perguntaram o que eu ia fazer no país e quanto tempo ficaria. Respondi que estava vindo fazer um trabalho voluntário para uma ONG e apresentei a carta que eu tinha, assinada pela diretora da fundação. Na carta dizia o que eu ia fazer, que eu ficaria 65 dias e que a diretora seria a responsável por mim durante minha estadia no país. Não adiantou, eles me deram um visto de somente 45 dias. Não fui só eu que tive esse problema, muitas outras pessoas tiveram – e estão tendo – por toda a Colômbia. O órgão que cuidava disso mudou de estrutura e de nome, e está tudo confuso, até mesmo pra conseguir contato com eles. Duas brasileiras que estão aqui pegaram o mesmo tipo de visto, só que para 30 dias, e ao tentar prorrogar por mais 30, foram advertidas que o período máximo daquele visto era de 45 dias, informação diferente do que foi passada para elas e para mim quando estávamos passando pela imigração. Depois de muita insistência e um “corre pra lá, corre pra cá” vimos que só restavam duas opções: ou saíamos do país e entrávamos novamente, pegando um novo visto, ou voltávamos para casa mais cedo. Como isso foi uma falha de comunicação da AIESEC na Colômbia, tínhamos uma esperança de que talvez eles pudessem cobrir nossos custos de sair do país e voltar. Assim, todas as pessoas que estavam com problema esperaram a AIESEC em Cartagena contatar o escritório nacional, menos eu.

Sabendo que a AIESEC daqui – tanto a local quanto a nacional – está em uma situação financeira não favorável e que essa seria uma opção inviável para eles, além de algumas questões pessoais, resolvi remarcar minhas passagens e adiantar a volta pro Brasil. Gastei a mesma coisa, talvez até menos, que gastaria na opção mais barata para sair do país e retornar.

Todas as outras pessoas que estão com este problema vão para a Venezuela de ônibus no próximo fim de semana. Ontem eles compraram as passagens até Maicao, uma cidade colombiana que fica perto da fronteira, pois já não havia mais passagens diretas até Maracaibo. Quando chegarem em Maicao, irão procurar a passagem para Maracaibo. Resolvi não participar dessa “aventura” pois já me falaram que a fronteira entre Colômbia e Venezuela é um tanto quanto desorganizada e acontecem muitos problemas ao sair de um país e entrar no outro.

Diante dessa decisão, ficarei 3 semanas a menos aqui, portanto tenho menos tempo para concluir meus compromissos com a fundação. E é esse o motivo de eu ter andado um pouco sem tempo nos últimos dias, estava focado em resolver essa situação e agora estou voltado para os projetos da ONG.

Nesta semana em especial, as coisas andam bastante corridas. Fiquei responsável pela adaptação de um projeto para um convocatória do FOS - Fondo para la Sociedad Civil Colombiana por la Paz, los Derechos Humanos y la Democracia. Iremos apresentar um projeto voltado ao fortalecimento dos direitos humanos da população deslocada no distrito de Cartagena de Indias, uma questão interessante em um país como a Colômbia, onde existem mais de três milhões e meio de pessoas deslocadas de sua vida normal por causa da violência. Segue um trecho da justificativa do projeto:

“Encontramos que  a nivel mundial según ACNUR, 27.5 millones son desplazados internos por conflictos armados. El Alto Comisionado de las Naciones Unidas para los Refugiados informa que el número de desplazados por la violencia en Colombia, siendo más de tres millones y medio,  supera a los países con los mayores conflictos y enfrentamientos armados.
En el ámbito nacional según cifras de la  ONG Consultoría para los Derechos Humanos y el Desplazamiento (CODHES), en  los últimos 25 años en Colombia se han  registrado a 5.186.260  de desplazados internos, afrontando un verdadero estado de emergencia social, que se manifiesta en el desplazamiento de cientos de miles de colombianos, la mayoría de los cuales son menores de edad y mujeres. 
Por ello,  la consagración constitucional de Colombia como Estado Social de Derecho exige prestar una atención especial a esta calamidad de índole nacional, que ha afectado directa o indirectamente a la mayoría de la población del país, haciéndose necesario  implementar medidas para la prevención, la atención protección, consolidación y estabilización socioeconómica de los desplazados internos por la violencia, reconociendo esta problemática como un asunto de política pública y de compromiso del Estado,  frente a este grupo poblacional que ve vulnerados  sus derechos humanos fundamentales.”


Esperamos, através da apresentação das justificativas e intenções da nossa proposta, conseguir os recursos e o apoio necessários para a realização do projeto e ajudar a melhorar as condições de desenvolvimento humano do distrito de Cartagena de Índias em geral, além de contribuir para a diminuição dos índices de pobreza e níveis de desigualdade da região.

Estou bastante entusiasmado com os projetos da ONG, quero seguir ajudando de alguma maneira depois que voltar para o Brasil. Dá muita motivação quando penso que uma proposta de projeto bem montada pode ser o que venha a gerar os fundos para a execução do mesmo e, consequentemente, pode ser o pontapé inicial para uma melhora significativa no desenvolvimento humano das pessoas que vivem aqui, que eu vejo nas ruas quando caminho do convento até a fundação todas as manhãs. Ao mesmo tempo em que é ruim ver que muitas coisas por aqui precisam ser melhoradas, é bom saber que de alguma maneira eu estou fazendo a minha parte, estou dando o melhor de mim pra que isso seja feito. Sem dúvidas eu não me arrependo de estar aqui!

Finalizando o post, queria deixar um beijo especial pra minha mãe. Te amo muito dona Rosi, estou com muitas saudades! Logo estarei aí pra comer aquele teu papa-terra frito e te incomodar muito! Não esquece que dia 29 é meu aniversário, vai pescando bastante, prepara a peixada, enche o freezer de cerveja e chama todo mundo!

No próximo fim de semana vamos a Santa Marta, cidade que fica a cerca de 3 horas de ônibus daqui, para conhecer o parque Tayrona, uma reserva ecológica que todos dizem ser muito linda. Tenho que aproveitar pois só me restam dois finais de semana aqui! E, no próximo post, conto um pouco das coisas que andam acontecendo no dia-a-dia daqui, o passeio de chiva que fizemos e algumas outras experiências que estou passando aqui!

Abraços e beijos, até o próximo post!

quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

CARIBE COLOMBIANO

Finalmente conheci o verdadeiro Mar do Caribe! Quero começar este post agradecendo a Deus e a todos que de alguma maneira contribuíram para eu ter tido esta oportunidade, pois o passeio deste fim de semana pra mim foi a realização de um sonho de criança, ver os recifes de corais, aquela água esverdeada, azul turquesa, mergulhar em um lugar desses... é simplesmente incrível. Eu, os trainees, algumas pessoas da AIESEC daqui e mais dois mexicanos fomos para a Isla del Encanto, que diferentemente do que eu escrevi aqui no último post, é uma pousada e camping em uma ilha que faz parte das Islas del Rosário. Saímos de Cartagena domingo, primeiro do ano, às 8h30min, e depois de mais de uma hora de lancha, chegamos à ilha. Totalmente afastada de tudo, é extremamente linda, um lugar muito calmo que tira o stress de qualquer um. A água que se usa nos banheiros, torneiras e piscina é a própria água do mar, e a água doce, que se usa só para tomar banho, vem de uma cisterna, onde é armazenada a água da chuva. A energia elétrica também é racionada, há pouquíssima luz no lugar, o que acaba dando até um charme a mais. Os jantares, por exemplo, são todos à luz de velas. Sem dúvidas o lugar é uma ótima opção, inclusive por ser relativamente barata, para quem quiser conhecer o Mar do Caribe de pertinho e se desligar da correria do dia-a-dia. E, como diz o velho ditado, uma imagem fala mais do que mil palavras. Então, seguem as fotos, desta vez em uma resolução um pouco maior, pois estas valem a pena!



Hotel Isla del Encanto

Hotel Isla del Encanto

Hotel Isla del Encanto

Hotel Isla del Encanto

Hotel Isla del Encanto

Hotel Isla del Encanto
Eduardo e eu dando uma de patrões - Hotel Isla del Encanto

Soninho da tarde... todo desconjuntado na rede!

Banho de piscina salgada


  
Ainda mais lindo que o lugar onde ficamos e dormimos foi ver os recifes de corais e a água esverdeada do Caribe. Saímos por volta das duas da tarde da Isla del Encanto com destino ao Oceanário, mas chegamos lá e estava fechado... bendita sorte! Como o pessoal da lancha que nos levou tinha se preparado para ficar um bom tempo por lá, trocamos o passeio no Oceanário por um tour e uma parada de uma hora e meia para tomar banho e fazer snorkeling nos corais. O lugar mais bonito que eu já estive, de chegar a encher os olhos de lágrimas de emoção. Com fotos ou vídeos é impossível reproduzir sequer um décimo da beleza dos corais e da água do mar. Não dava pra acreditar quando o piloto da lancha dizia que estávamos em um lugar com mais de 15 metros de profundidade, pois se viam os corais e a sombra do barco no fundo do mar perfeitamente. De fora da água e nas fotos os corais parecem pequenos, mas só parecem, eles têm cerca de dois metros de altura. Paramos em um lugar que tinha uns cinco metros de profundidade (da areia até a superfície), portanto mergulhando algo como três metros já se podia praticamente encostar nos corais, ver os peixes bem de perto, simplesmente incrível. Com toda certeza, as imagens que eu via cada vez que mergulhava nunca vão sair da minha cabeça e um dia eu voltarei lá com a minha família (a futura e a atual).

Sombra do barco no fundo do mar

Corais

Corais - Mar do Caribe


Mar do Caribe


Corais - Mar do Caribe


Casinha perdida em uma ilha... triste

Corais - Mar do Caribe

Corais - Mar do Caribe

Corais - Mar do Caribe

Corais - Mar do Caribe

Corais - Mar do Caribe

Corais - Mar do Caribe

Corais - Mar do Caribe

Corais - Mar do Caribe

Bruno, Diego e eu tomando banho nos corais

Banho nos corais

Juan Camilo e eu
 
Eu, Bruno, Juan, Icléia, Marina, Tati, Ivana e o Afonso se metendo

Banho nos Corais

Eu, Maiara e Afonso, os joinvilenses no Caribe!

E uma foto embaixo da água, viva o Ziploc!


Ontem, dia 2, fomos ao Oceanário. Muito legal, são passarelas sobre o próprio Mar do Caribe, dividindo-o em várias piscinas. Em cada uma delas, uma ou mais espécies diferentes de animais marinhos. Os tubarões são bastante inteligentes, o apresentador sobe em uma plataforma flutuante na piscina onde eles ficam, e todos já se preparam pois sabem que chegou a hora da comida. Ele joga os peixinhos que servem de alimento para os tubarões sobre a plataforma e todos atacam ferozmente, subindo na plataforma e mostrando sua força, e quando o apresentador diz que acabou e manda-os fazerem silencio e retornarem pra água, eles obedecem e começam a “dar ré” devagarinho, muito bonito. Mas nada melhor que o show dos golfinhos, que saltam até 8 metros de altura, fazem acrobacias bastante coreografadas e são muito inteligentes. Enquanto a apresentadora fala sobre os detalhes da espécie, eles ficam mostrando o que ela fala. Realmente muito lindo. Nas outras piscinas, é possível ver diversas outras espécies, como tartarugas, meros, arraias e muitos outros, todos típicos da região caribenha. Há também os aquários, que simulam o fundo do mar e onde se pode ver diversas outras espécies pequenas, como peixes muito coloridos e diferentes, polvos, cavalos marinhos, estrelas-do-mar, ouriços-do-mar, pepinos-do-mar, moluscos e muitos outros. Um lugar bem interessante e bastante educativo, que se preocupa muito com a preservação dos mares e cuidado com o meio ambiente.

Tartaruga marinha - Oceanário

Arraias - Oceanário

Oceanário

Tubarões Gato - Oceanário
Tartarugas marinhas - Oceanário

Tubarões Gato - Oceanário

Show dos golginhos - Oceanário

Show dos golginhos - Oceanário

Show dos golginhos - Oceanário

Eu e as tartarugas - Oceanário

Oceanário

Oceanário

Patrick - Oceanário

Polvo - Oceanário

Cavalo-do-mar - Oceanário
 

Foi um passeio sensacional, incrível! Mesmo assim ainda estou com muitas saudades de todo mundo, não se preocupem que, apesar de ter me apaixonado por este lugar, eu amo muito vocês, minha família e Rê, e não desisti de voltar para casa. Logo estarei por aí para incomodar todo mundo novamente.

Enfim, queria agradecer novamente a todos que de alguma forma contribuíram para eu poder estar aqui, em especial à AIESEC em Joinville, que foi uma das maiores responsáveis por eu estar vivendo essa experiência incrível! Muito obrigado!

Beijos e abraços!