Eram cerca de 19h30min (horário oficial de Bogotá e
Cartagena) do último dia 15, quando o piloto anunciou que em 5 minutos os meios
de entretenimento seriam desligados e avisou a tripulação que iríamos iniciar o
processo de aterrissagem na cidade de Cartagena de Índias, extremo norte da Colômbia.
Eu já comecei a olhar pra baixo pela janelinha do Airbus A320 da Avianca em que
estávamos.
Aliás, os voos nacionais que saem de Bogotá são somente da
Avianca. Acredito que dentro do país não exista outra companhia aérea. Estranho
ver um aeroporto todo tomado por uma só companhia. O avião deles no qual eu
voei de Bogotá para Cartagena foi de longe o melhor que já viajei, com sistema
de entretenimento individual e um serviço de bordo excelente. Queria ter feito
toda a viagem de Joinville até aqui com um desses!
Logo que comecei a ver a cidade já deu pra perceber que não
estava chegando em uma cidade pequena e, mesmo à noite, já me parecia muito
bonita. Passei por um pequeno susto, pois quando o avião já estava perto do
chão, simplesmente a terra abaixo do avião acabou e eu passei a ver só água.
Felizmente, estávamos apenas atravessando a lagoa de la Virgen, e pousamos
tranquilamente em solo “cartagenero”.
Depois de uma longa espera em frente às esteiras para pegar
minha mala, o pessoal da AIESEC me aguardava no lado de fora do portão de
desembarque e me recebeu muito bem. Logo me trouxeram para o lugar onde ia
morar e me apresentaram o Eduardo e a Ivana, os dois mineiros com quem estou
morando.
Este caminho do aeroporto até minha nova casa fizemos de
taxi, que por aqui parecem dominar as ruas. Parece que existem mais taxis do
que carros comuns (é fora de sério mesmo).
E o curioso é que a grande maioria são carrinhos pequenos, como o
Hyundai Atos Prime, sem dúvida o preferido dos taxistas. Nem tem onde colocar
uma mala. Quando cheguei tive que amarrar minha mala no teto do carro! Por outro lado, uma vantagem é que são
relativamente baratos. Se dividir com mais duas ou três pessoas, pode ficar tão
barato quanto andar de ônibus.
O trânsito é uma loucura. Por aqui, sem dúvidas, ninguém
nunca ouviu falar de direção defensiva. Todos dirigem de uma maneira
extremamente ofensiva. Estou aqui há menos de uma semana e quase me envolvi em
três acidentes enquanto estava dentro de um taxi. Outra coisa é que eles usam
buzina o tempo todo. Quando alguém tenta entrar na frente, ao invés de darem a
vez, eles buzinam e jogam o carro pra cima do outro, é insano.
Falando em meios de transporte, não se pode deixar de falar
dos ônibus de Cartagena. Sem dúvida é uma peculiaridade da cidade. Eles são
totalmente decorados, coloridos, com lâmpadas piscando, muitos adesivos,
chifres, aerofólios, antenas, película colorida, tudo que tem direito. Eles
passam o tempo inteiro soando uma sirene muito chata e tem sempre alguém na
porta gritando para onde o ônibus vai, para ter certeza que todos vejam que
estão passando (como se não adiantassem os milhões de adereços).
E, não podia deixar de citar isso no primeiro post do blog:
claro que um dos “pontos fortes” da cidade é o calor que faz por aqui, mesmo
estando agora no inverno. O clima é extremamente úmido, o que faz a sensação
térmica subir muito. É realmente muito abafado. E eles ainda riem quando
falamos que está muito calor. Dizem que agora está frio, que faz muito mais
calor por aqui. Achei que era brincadeira, mas vi que era verdade na sexta-feira,
que fomos a um evento da Fundación Amanecer (onde vou trabalhar, vou falar mais
sobre isso nos próximos posts), tinham pessoas de casaco, jaqueta... e nós
suando parados embaixo da sombra de uma árvore.
Bom, acho que esse post já está bem grande e ninguém vai ler
tudo isso! Então vou deixar pra falar mais nos próximos posts e vou tentar
manter tudo aqui o mais atualizado possível. Ainda tenho muitos assuntos pra
escrever, como a Fundación, a comida daqui, algumas diferenças entre a Colômbia
e o Brasil, o evento que fomos na ultima sexta-feira, as dificuldades com a
língua diferente, o centro histórico de Cartagena (muito lindo) e claro, sobre
as maravilhosas praias do caribe colombiano. Também vou postar algumas fotos
das coisas por aqui.
Queria aproveitar pra dedicar esse primeiro post a todos
que, de alguma forma, me ajudaram a estar aqui. Com certeza estou vivendo
experiências únicas que vão me tornar uma pessoa muito melhor, pessoal e
profissionalmente. E claro, estou aqui
para, além disso, deixar meu impacto por aqui e fazer um mundo melhor. Eu devo
tudo isso à vocês, em especial à dona Rosi, ao seu Ailton (meus pais), à minha
linda Rê, ao Giovani, meu “chefinho” que me deu todas as condições para que eu
estivesse aqui e ao pessoal da Sofit!
Muito obrigado a todos vocês e até breve!
Olá Lucas, sucesso para você. A equipe deseja muito sucesso e te esperamos quando voltares.
ResponderExcluirAbraços.